Blog

Inside Job

Há algumas semanas eu vi esse filme, que até ganhou o oscar e tal. Ele é realmente muito bom. Explica como a crise de 2008 aconteceu. Eu fiquei muito triste quando o filme terminou na verdade… A conclusão que eu tirei é que todo mundo foi ambicioso demais, e ficou inventando dinheiro de mentirinha e especulando pra ter mais lucro, e de repente eles viram que não podiam pagar o dinheiro mágico que eles inventaram e tudo quebrou. Pior, um banco quebra, deixa milhares de pessoas sem os seus investimentos, e o presidente sai embolsando alguns milhões de dólares. Tá *tudo* errado… tudo! A ambição de umas poucas pessoas acabou com a vida de muitas outras mais. Isso não é meio triste não? E eles têm uma falta de caráter tão grande que ninguém nem admite que errou… No filme tem umas gravações dos depoimentos dados pro juiz em alguns dos julgamentos, e não dá pra acreditar nas desculpas que o povo dá. Uma mais esfarrapada que a outra! Acho que se eu fosse o juiz tinha levantado da cadeira pra dar uns tapas na cara de alguns… pelo amor de deus, é um insulto à nossa inteligência.

E aí eu me pergunto: eu, como uma pessoinha sem poder nenhum, posso fazer alguma coisa? Ou estamos fadados a aceitar e esperar que não nos cause um mal maior?

London Riots

Nas últimas semanas eu tenho visto as notícias a respeito da confusão na Inglaterra. De repente comaçaram a surgir várias manifestações de violência, em Londres e em outras cidades também. Um monte de pessoas resovleram sair por aí queimando prédios, carros, trens, assaltando lojas e tudo mais. A polícia tentou parar essas pessoas mas parece não estar sendo o suficiente. E cada dia acontecem mais ataques. No início todo mundo parecia meio surpreso… todos se perguntaram: “como assim?”. As pessoas estavam simplesmente atacando e destruindo tudo sem motivo aparente nenhum. Agora eles já desistiram de achar um motivo, parece, e estão pensando como parar essa onda de violência. Hoje eu vi uma entrevista com um cara que disse que os ataques aumentaram porque na verdade a polícia não foi forte o suficiente, e um monte de gente de repente viu a oportunidade de roubar e destruir e não ser pego. E por isso elas agiram… Eu também li uma notícia falando que essas pessoas eram na maioria jovens, e eles estavam usando a tecnologia (celulares, SMS, redes sociais) pra espalhar essa febre de ataques e combinar locais pra destruir. E por isso o governo estava pensando se bloqueava o uso da internet pra esses motivos.

Bom, a solução é complicada. Eu gostava de pensar que era melhor dar liberdade para as pessoas do que ter um governo controlador. Mas tem gente que simplesmente não merece a liberdade, né. Nesse caso, qual outra solução senão uma ação maior da polícia e possível perda de algumas liberdades dos cidadãos? Isso me deixa nervosa, muito. Um bando de gente estúpida, que de repente resolve destruir tudo sem motivo aparente, avacalha todo um equilíbrio. Pra quê?? Pensar num motivo me deixa nervosa, mesmo porque eu não consigo pensar num motivo que justifique isso. Agora, eles precisam de uma solução. Se permitir que a polícia seja mais violenta, pode gerar um efeito em cadeia e tudo fica pior. Mas se ninguém parar essas pessoas, parece que elas vão destruir a cidade toda… Elas tinham que ser banidas de algum jeito… podiam construir uma cidade com um muro e jogar todas elas lá. Quer destruir, destrói isso aí que é seus, e não vem avacalhar a gente a troco de nada. É… eu não consigo pensar numa solução decente mesmo… talvez não exista.

Se todo mundo tivesse o menor bom senso, dava pra viver numa boa, sem conflitos, sem polícia batendo nem exército e tudo mais. O governo podia se preocupar em fazer o trabalho dele ao invés de ficar tentando resolver problemas causados por pessoas estúpidas. Meu deus! Que dificuldade que é essa de viver em sociedade…

Meu ballet

Num dia desses chatos, em que eu estava estudando pro exame final da matéria que eu to fazendo com meu orientador, olhei pra fora do laboratório e vi o dia passando… e a minha dor de cabeça e preocupação aumentando. Resolvi que ainda tinha que salvar esse dia de algum jeito. Entrei no site da ópera de Viena e olhei o programa do dia. O programa era eu! Ia ter uma apresentação do ballet Giselle às 20 horas. Eu sabia que eles vendiam ingressos super baratos pra gente assistir a essas apresentações no balcão, em pé, uma hora e meia antes do início. Já era 18:30 então saí correndo da faculdade e fui tentar a sorte. Comprei o último ingresso do balcão de baixo (por incríveis 6 euros!) e assisti ao ballet =)

Tirei poucas fotos porque não podia tirar fotos nem filmar a apresentação em si, então as que eu tenho são da ópera no intervalo e do pessoal agradecendo no final. As fotos e um filminho mostrando o salão estão aqui:

2011-06-24 Ballet Giselle, Viena

Le première jour en Paris

Ai como é bom estar numa cidade que vc pode conversar com as outras pessoas e entender o que elas falam… E onde tem uma padaria por esquina e as lojas ficam abertas até 11 da noite e tem movimento na rua sempre! Aqui em Paris eu estou vendo a diferenca que é estar numa metrópole. Tem todas as coisas que vc quiser comprar, mil lojas, um monte de lugar diferente pra ir e a cidade tem várias caras.

Hoje depois das palestras eu fui até o Arc de Triomphe e fui descendo a Champs Elysées com o intuito de chegar no Louvre. Só que lá tem um monte de loja… eu parei em papelaria, farmácia, loja de souvenir, loja da Virgin, loja da Disney… enfim. Era onze da noite quando cheguei na Place de la Concorde. E de lá dá pra ver a torre Eiffel e o Seine. Muito bonito =) Depois mando as fotos.

Bicicleta

Eu comprei uma bicicleta semana passada pra andar por Viena. Ela é usada mas está em bom estado e o moco da loja me garantiu que tudo está funcionando bem. Eu acreditei (não tive outra escolha) e já saí da loja pedalando até a universidade. Tenho ido e voltado de bicicleta umas três vezes na semana desde então. O caminho é tranquilo, ainda estou aprendendo algumas rotas. Hoje por exemplo resolvi ir pela margem do rio. É um pouco mais longe mas mais tranquilo já que eu passo menos tempo entre os carros. A pior parte é quando saio do centro e vou até minha casa. Primeiro porque nesse caminho todo não tem ciclovia, então eu tenho que realmente ir entre os carros, parar nos sinais e tal, e segundo porque é só subida (mas não muito forte). Fora isso, no centro tem ciclovia pra quase todos os cantos. E quando estou na rua, os motoristas são bastante pacientes e entendem que minhas pernas não são tão potentes quanto o motor do carro. Mesmo assim, eu não deixo de morrer de medo toda vez que tenho que passar por um caminho estreitinho entre um carro estacionado e a pista. Felizmente, nada de sério aconteceu.

Hoje voltando pra casa eu tive minha primeira batida de bicicleta. (Mas como eu já disse ali em cima que nada de sério aconteceu, não precisa ficar alarmado.) Estava atravessando uma rua e muitas pessoas passavam. Aí eu desviei de um grupo e uma ciclista desviou do mesmo grupo e a gente trombou de frente =( Foi meio bobão… mas eu e ela caímos e tal e acho que ela ficou com extra remorso quando disse que eu não falava alemão. Levantei e saí de lá com nada mais do que um arranhãozinho na mão (que tá ardendo até!). Nada se comparado com meu primeiro acidente de bicicleta que me custou alguns pontos no queixo.

Sobre o tempo gasto pra ir de bicicleta ou transporte público, hoje eu comprovei oficialmente que eu gasto pelo menos o mesmo tempo (com acidente e tudo mais, o que indica que provavelmente eu gasto menos tempo). Saí da universidade junto com meu professor. Ele pega a mesma rota pra ir pra casa do que eu, só que desce to tram alguns pontos antes. Hoje saímos na mesma hora e quando eu estava passando pelo ponto dele, lá estava o tram e ele descendo. Continuei pedalando e quando cheguei na esquina da minha rua olhei pra baixo e vi o tram vindo láááá longe =) Ou seja, eu sou mais rápida que ele.

Além disso, andar de bicicleta me faz mais saudável, eu aprendo os caminhos da cidade, treino meu senso de direcão e passo por uns lugares super bonitos =) A pista de bicicleta no ring (tipo uma Contorno) é entre as árvores e eu passo na frente de um palácio que não sei o nome ainda, o quarteirão dos museus que é cheio de prédios históricos com um jardim lindo no meio e a prefeitura da cidade que é bonitona.