10 years away from Brazil / 10 anos fora do Brasil

Portuguese version below.

I realized today that it has been 10 years since I moved away from Brazil. March 2011 was when I moved to Vienna, Austria, to pursue a PhD degree. At the time, 10 years sounded like an eternity. Now that they have passed, it doesn’t feel that much. I was reflecting today about an interesting phenomenon that unfolded slowly, and I think it conveys a good picture of the country I once called home.

The first few times I visited Brazil after moving, I was usually asked “so when are you coming back?”. Everyone assumed I was away to study, and that I would go back as soon as I graduated. After a couple of years, I started being told by several people “you know, perhaps it is better you stay abroad a little longer”. Everyone was a bit more pessimistic, talking about how bad the country was. When I got a job at CMU, a lot of people asked if I could use this a chance to stay in the US for good. This year, with the pandemic, I am considering whether to visit Brazil in June/July (I am fully vaccinated). When mentioning that, I got “don’t come, things are a mess here”. 😢


Hoje eu percebi que fazem 10 anos desde que eu me mudei do Brasil. Em março de 2011 eu fui fazer meu doutorado em Viena, na Áustria. Na época, 10 anos parecia uma eternidade. Agora que eles já se passaram, não parece muito. Eu estava refletindo hoje sobre um fenômeno interessante que foi acontecendo aos poucos, e que, na minha opinião, reflete bem o país que um dia foi minha casa.

As primeiras vezes que eu visitei o Brasil depois de ter me mudado, a pergunta que eu mais ouvia era: “quando você volta?”. Todo mundo assumia naturalmente que eu só ia terminar meu doutorado e voltar. Depois de uns dois anos, antes de eu terminar o doutorado, o discurso mudou pra “talvez seja melhor que você fiquei aí mais um tempo”. Eu lembro que ainda estava em Vienna quando todo mundo começou a ficar mais pessimista, falando só dos problemas do Brasil. Quando eu consegui o emprego na universidade americana onde eu trabalho, muitas pessoas me perguntaram se tinha possibilidade de eu me mudar pros Estados Unidos de vez. Esse ano, com a pandemia, eu estou cogitando visitar o Brasil em Junho ou Julho (já tenho as duas doses da vacina, e há dois anos que não vejo minha família). Quando eu falei isso, a resposta foi “não vem, está um caos isso aqui”. 😢

About confirmation bias

It’s been a long time since I don’t write here. The year has started with my new job and the many many paper deadlines. It has kept me busy enough not to follow the news a lot, which is generally a good thing, because seeing what is happening in the world is usually a source of depression and disappointment for me.

Nevertheless I am Brazilian, and the latest protests in the country could not have passed by unnoticed. Specially because my parents, the most apolitical people I know, participated on it.

But this will not be yet another text on the political situation in Brazil, no no. We have plenty of that. What is most interesting, for me at least, is to observe people and their reaction. Since the elections in November I realised how irrational this opinion business can get. People immersed in the situation do not seem to realize it, but they do get really closed-minded and irrational when they decide on an opinion, no matter how rational they think their opinion might be. Everybody thinks “I cannot believe they can’t see it clearly like I do!”. But there is the paradox right there: *everybody* thinks that, no matter how different their “clear” thoughts are. And since a discussion between irrationals is a lot of work, they group together with people of the same opinion. They refuse to see (or listen, or try to understand) the “others”, and suddenly everyone around them agree, which makes them think they are even “more right”. That is the pitfall…

This phenomenon is crystal clear on social networks. There are extremist posts pro-government, with many likes and supportive comments. There are also extremist posts against government, with many likes and supportive comments. Why don’t these people talk? I am sure they are all intelligent and reasonable, and they can both find the strong and weak points of each side (or a third and better side). But they just don’t. On a failed attempt to make two opposing party relatives talk during the elections last year, I ended up as being the one bringing adversity, trying to turn them against each other. I honestly just wanted to see the beliefs questioned and put to test. (Something at which political debates failed horribly).

Confirmation bias is a real thing, but it’s a shame to see it preventing a discussion which could be otherwise very fruitful and informative.

Rede Sustentabilidade, assinaturas e a luta pelo poder

Semana passada vimos a tentativa de registro do partido da Marina Silva ser barrada pela justiça eleitoral. O resumo da história é que 95 mil assinaturas foram invalidadas pelos cartórios eleitorais sem justificativa, e essa quantidade seria mais do que suficiente para atingir o número exigido pela lei. Enfim, a rede Sustentabilidade entrou na justiça para tentar validar essas assinaturas ou obter as justificativas dos cartórios (que aparentemente também não fizeram o dever de casa a tempo), e perdeu.

Ok, vamos dizer que as assinaturas eram de fato inválidas… O que ficou estranho é que nesse meio tempo, dois outros partidos conseguiram seu registro. Só que eu nunca tinha ouvido falar destes outros partidos… de onde é que eles conseguiram 500 mil assinaturas?? Existem indícios de que essas assinaturas também foram (grossamente) falsificadas. Por que a lei se aplica tão direitinho ao partido da Marina Silva e faz vista grossa a esses outros partidos? Ninguém diz com todas as palavras, mas todo mundo sabe que a Rede Sustentabilidade seria a competição mais forte contra o PT nas próximas eleições. Então eles ficam nessa preocupação toda e sendo super cuidadosos no processo de criação desse partido em especial, até encontrar alguma coisa que deixem eles fora das eleições ano que vem.

Se você for pensar bem, isso tudo é meio non-sense. Olha só, o PT tá no governo, certo? Tudo que seus adversários da próxima eleição podem fazer nesse momento é promessas, o PT pode de fato *fazer* as coisas!! Já pensou nisso? Se eles estão no poder e fizerem seu trabalho direitinho…. fizerem as coisas que tudo mundo sabe que tem que fazer… porque não votar neles de novo? A campanha pra reeleição vira justamente o que foi conseguido durante o governo, uma coisa muito mais concreta do que qualquer promessa (que todo brasileiro já olha com descrença mesmo). Eu sei que são coisas difíceis, como a reforma política e a reforma tributária, mas o governo que der o primeiro passo pra isso já vai ser um super governo nos olhos dos brasileiros. E daí a reeleição vem de graça. Mas parece que esse pessoal que tá no poder não pensa nisso… eles se preocupam em estar no poder, sejá lá o que isso signifique, e ameaças são cortadas a todo custo. E todo mundo se esquece que é possível permanecer no poder por mérito próprio. E os interesses sociais ficam aí, jogados as traças…

Meio triste né?

A plea for information

Socrates said once that “the unexamined life is not worth living”. At the present moment I say that the unexamined opinion is not worth giving. I will explain why.

A few weeks ago something interesting happened in Brazil. Something unexpected and that I never thought I would see: people protesting. They were protesting initially against raises in transportation costs, then against the world cup costs, then against corruption, then against the low quality of life, then against… well, against everything you could protest. Initially I thought that this was good. Finally people were noticing the absurdity in Brazil’s politics, how much is left undone for stupid reasons, how many problems could have been solved so far and how corruption and private interests get in the way of social development. I thought people had noticed that things could be much much better, so they went to the streets to protest, and as a way of relieving all the frustration. So far so good. I think this is ok, it is a legitimate way of showing the government that we are not happy with the way things are, for a long time now.

But (there’s always a but)…
People in general like very much to “go with the flow”, and with social networks now this is easier than ever. I have four examples.

A few posts ago I mentioned a problem that happened in Brazil with the financial assistance for the poor. A rumor was spread that this assistance would be over and in one weekend thousands of people went desperate to the bank in hope to get their last payment. As soon as a person gets such information, they don’t even think it can be fake, they don’t suspect it and don’t search a reliable source. Instead, they share with all their friends… who do the same. And before you know there are thousands of people desperate for a fake reason. This is very very serious.

For a long time I have been puzzled why public education is so bad in Brazil. I decided to send an e-mail to a few people I know that are teachers in public schools. I thought they were the best people to tell me what was indeed the problem. Well… only one of them replied, and she told me what I did not expect. She said that infra-structure is not really a problem. That the city hall had enough money for materials and such. Teachers just needed to present a project stating that they needed these or those books, games, etc. and the city hall would provide it to them. She didn’t even mention the teachers’ salary. But she could not pin point the problem for me. So in April I went to Brazil and I spent a day in a public school. My conclusion was the the problem was *not* infra-structure, or the teachers’ salary, but it was much harder and serious. (Maybe I’ll write a post explaining my point of view in the future…). The point is: there are many many people that think the problem of public education is lack of investment, either for paying personal or for buying material for the kids. Why do they think that? Because that’s what everybody thinks! And everybody cannot be wrong, right? Wrong.

In the midst of frustration and protests, there are many people worried that a law project, called PEC37, will be approved. They say it’s the “impunity PEC”, that it is very bad for us and we should also protest against its approval. I have even received e-mails asking for my signature against this thing, so I decided to find out what the hell it is. I read a quick explanation on a news paper (it seemed unbiased), then I read the article that would be changed on the constitution and I read the proposal, that states how this article is changed and why. Honestly? I don’t think I understood 20% of it. And I am wondering now how many people can be such experts that they really understand and strongly oppose this change. How did this come to be?? Well, somebody decided they were against it, maybe this person actually know about it and this is their opinion. And then they shared, it came to the media, and more people shared, and now everybody is fighting against this that they don’t really understand.

Remember those e-mail chains you got saying that you’d get a penny for each reply or that somebody was missing? Have you ever wondered how many of those were true?? I looked for more information on some of them, and I never got a single one that was real.

My brother in law argues that the same is happening with the protests. If you go in Facebook now, it is almost annoying the amount of messages of people giving their opinions on PEC37, on the health system, on the protests, on the police… etc. But are these really their opinion? Or are they sharing things because all their friends say the same? I think it’s time to stop sharing and start thinking. We are people with lives and jobs and families, it is not likely that within a few hours we can decide what we think on such difficult subjects. Opinions require information, a lot of information, and time.

I leave my plea for people in Brazil to reflect and find out why they are so unhappy. Then, use this energy to study and propose solutions. Then you protest for this, and not against everything else.

Sobre a Marina Silva e Marco Feliciano

Ok… Eu andei defendendo a Marina Silva por aí, e não é a toa que essa notícia veio parar na minha mão. Mas como uma boa brasileira, eu já aprendi a desconfiar de repórteres e jornalistas, e procurar informações de fontes mais confiáveis.

Já haviam me falado a respeito do fato dela ter “virado” evangélica, e quando eu pesquisei direito descobri que na verdade ela é evangélica desde 1997. Ou seja, quando concorreu às eleições em 2010 já tinha sua religião, e isso nunca foi motivo pra ela ter posições polêmicas e extremistas a respeito de assuntos complicados como aborto e casamento gay. Aliás, ela tem uma posição incrivelmente sensata, e a fonte dessa informação é essa entrevista aqui. Portanto, a crítica da notícia do Estado de Minas, parágrafo 4, não procede.

Quanto à chamada da notícia, sobre o fato dela ter “defendido” Marco Feliciano, não poderia ter sido mais sensacionalista. Eu desconfiei porque já tinha visto a opinião dela sobre o Marco Feliciano aqui. Tudo que ela disse era que o Marco Feliciano deveria ser criticado sobre suas posições e afirmações, e não pelo fato dele ser evangélico. Afinal de contas, existem muitos evangélicos (e católicos, e ateus, e budistas, e etc) capacitados para exercer essa função. A opinião dela sobre o assunto pode ser vista aqui, e também foi postado um esclarecimento na página do Facebook deles:

Marina Silva sempre foi contra os posicionamentos de Marco Feliciano e sua presença na comissão de direitos humanos http://ow.ly/l3FUZ 

Veja também o vídeo em que ela comenta sobre escolha de Feliciano para presidir a CDHM http://ow.ly/l3GSv 

Além disso, a Rede Sustentabilidade também já se posicionou sobre o tema: http://ow.ly/l3IoD

Ela está no momento dando uma entrevista a CBN Recife sobre o fato. Colocarei o link aqui quando estiver disponível.
Ou seja, a crítica da notícia não procede. Espero que vocês também consigam ver isso.

EDIT: O vídeo com o que ela realmente disse.

Sobre a política brasileira

Recentemente a Marina Silva decidiu juntar esforços para criar um novo partido político no Brasil. Eu li sobre ele, seu estatuto, vi algumas entrevistas e resolvi apoiá-lo. Eu não sou o tipo de pessoa politicamente engajada, mas ultimamente eu tenho prestado atenção na política do Brasil. A visão que eu tive, de fato, não é bela. A governança é muito complicada, e as boas intenções ficam perdidas em um processo longo, burocrático e muito dependente de troca de favores. Eu fico triste em ver como uma coisa tão importante para o desenvolvimento e organização de um país, quando visto de perto, pode se reduzir a um processo tão mesquinho. Mas é melhor eu explicar o que eu vejo, porque a gente tem olhos diferentes.

O trabalho de um político é discutir e propor leis (projetos de lei, medidas provisórias, emendas na constituição, etc.) com o objetivo de melhorar o país. Isso é um processo democrático, e os políticos votam nas leis uns dos outros e elas só são aprovadas se obtiverem uma certa porcentagem dos votos. Até que não parece tão mal, certo? Mas aí eu comecei a acompanhar notícias, ler sobre a tramitação (uma palavra elegante para o vai e vem que uma proposta sofre antes de ser definitivamente aprovada ou reprovada) dessas leis e entender realmente como isso funciona.

Pra começar, não existe essa coisa de discutir antes de elaborar uma lei. Cada um trabalha mais ou menos independente, e propõe leis ao seu bel prazer. Às vezes acontece de um grupo elaborar alguma lei, mas em geral, as leis têm como autor uma pessoa só. Bom, vamos supor que todos estejam interessados no bem comum (e ignorar projetos propostos para benefício próprio ou irrelevantes). Hoje o Brasil tem 513 deputados (mais o Senado, câmaras, comissões, presidente, tribunais, etc.) que podem propor leis. Então a gente tem um monte de propostas por aí, e os políticos devem ler essas propostas, sugerir mudanças (emendas), revisar as mudanças, revisar as emendas sugeridas para as suas próprias propostas e votar. Só que é muita coisa! Só em 2012, foram 1841 propostas, em 2013 já são 638, e isso são só projetos de lei. Existem quase 400 propostas em regime de urgência. O Brasil vive um momento relativamente estável, será que esse tanto de lei é necessário? Será que não existe um monte de assuntos com vários projetos de leis diferentes?? Por que as pessoas interessadas no mesmo assunto não se reuniram antes pra discutir como (e se) deveria ter uma lei pra isso? O processo pelo qual passa uma proposta é longo e burocrático, e se as propostas forem menos e mais coesas, tudo ficaria mais fácil pra todos.

Então, no meio desse mar de sugestões, como é que um deputado vota? Ele é afiliado a um partido político, então ele vota a favor de propostas de pessoas do seu partido e de partidos aliados. E ele vota contra propostas de partidos aos quais o partido dele faz oposição. Por que? Porque essas pessoas depois vão votar nas propostas dele, independente delas serem boas ou ruins para os eleitores, porque elas também querem o voto dele em alguma coisa. Ao meu ver, isso é uma luta cega por aprovação de propostas e parece que quem aprova mais, ganha. Mas ninguém está realmente prestando atenção se as coisas votadas são coerentes e de acordo com seus princípios ou não. Daí acontecem coisas do tipo a reforma do código florestal ser aprovada e o Marco Feliciano ser eleito presidente da comissão de direitos humanos… (o que não é uma lei per se, mas também depende de votações). Me parece que os políticos estão tão preocupados com a rede de favores que vai fazer com que eles consigam votos que, na hora de votar, pensam somente em quem vão agradar ou desagradar com seu voto (lá dentro, não a gente) e não em que se está votando realmente.

Entre o caos, surge a Marina Silva como candidata a presidente em 2010, dizendo que não vai fazer alianças ou prometer cargos, e sim chamar as pessoas mais competentes para cada trabalho. Ou seja, ela queria fazer o que é certo. O partido que ela quer criar agora não é diferente. Ela se recusa a assumir uma posição cega de apoio ou oposição ao governo e afirma que vai apoiar o que é bom e criticar o que é ruim. Diz também que não vai fazer alianças com partidos políticos, mas pode apoiar candidatos de outros partidos que tenham uma causa compatível com os ideais do novo partido. No meu ponto de vista ela está tentando acabar com o jogo de interesses e focar novamente na qualidade das propostas, e não em quem está por trás delas.

Ao perguntar a algumas pessoas o que elas achavam, fiquei surpresa ao descobrir que a maior crítica é exatamente a que, na minha opinião, são seus pontos fortes. As pessoas dizem que existe uma falta de posicionamento porque a Marina não adotou um rótulo direita/esquerda ou pró/contra o governo. Mas na verdade ela está disposta a apoiar o que é bom em todos os lados. O problema em escolher lados é que você acaba ficando preso a uma filosofia ou pensamento, e quando vê algo bom em outro lado, ou você não apoia por teimosia, ou apoia e corre o risco de ser chamado de hipócrita e perder a credibilidade. Qual o problema em não tomar lados e analisar, o mais imparcialmente possível, as ações de todos os lados e decidir qual é a melhor no momento?
As pessoas dizem também que ela não consegue ganhar uma eleição ou governar sem fazer alianças porque “é assim que o sistema funciona”. Pra mim é muito claro como essas alianças atrapalham o poder de julgamento dos deputados, e mesmo que alguém me diga que o projeto X só foi aprovado por causa de alianças, eu digo que se os políticos analisassem objetivamente e X fosse um bom projeto, ele seria aprovado de todo jeito. É óbvio, pelo menos pra mim, que quanto menos interesses estiverem envolvidos na votação de um projeto, mais objetiva será sua análise. Então por que não acabar com as alianças políticas? “Porque é assim que o sistema funciona” é uma desculpa muito ruim. Tantas coisas já mudaram! Eu não sei que incredibilidade é essa. Afinal de contas, quem vota é a gente, e se quisermos eleger só candidatos sem alianças, dispostos a lutar pelo bem coletivo (seja lá qual seja sua definição de bem coletivo, existem várias delas e várias ideologias defendendo cada uma), basta votar neles. Eles são poucos, mas eu finalmente acredito que eles existem.

Deixo aqui meu apelo por eleitores, candidatos e políticos mais transparentes, simples, objetivos e unidos pelo bem de todos.

Como mudar a política desse nosso país?

Taí uma iniciativa bacana: http://www.novo.org.br/

Achei muito sensatas as idéias deles e concordo com vários pontos de vista. Apesar de alguns críticos por aí falarem que isso é utópico, que não se faz política sem político, eu não acredito nisso. A minha opinião é que a gente precisa mesmo mudar de vez o jeito que política é feita nesse país. Vou mandar minha carta de apoio =)
Resumidamente, os principais pontos são:

  • Os cargos eletivos são oportunidades de prestação de serviço e não carreira profissional.
  • Todo gestor público ou privado deve trabalhar com metas.
  • É dever do partido dar suporte ao candidato antes e durante o mandato.
  • A reeleição consecutiva para cargos legislativos deve ser vetada.
  • A gestão eficiente resulta em melhores serviços e menos impostos.
  • A prestação de contas do Estado deve ser feita de forma transparente e acessível.
Mas além disso, eu vi alguns vídeos de palestras dos fundadores. Eles parecem ser pessoas sérias e competentes, que têm um discurso com conteúdo e princípios, diferente do que a gente vê por aí nos períodos de eleições.
Eu nunca tive muitas expectativas com a política no Brasil. Política não pode ser somente um jogo de interesses, de alianças e de troca de favores, e é isso que eu vejo desde que sou obrigada a votar. Campanhas ruins, de ataques ridículos ao adversário, promessas vazias que se repetem a cada 4 anos, um desespero de obter resultados e obras no ano da eleição… A política não devia ser movida a eleições, e sim a sociedade. Claro que todo candidato não é assim, mas os que não são, são exceções. Raríssimos, alías, e difíceis de encontrar. Todo mundo sabe como funciona a política no Brasil, e é frustrante. Eu anulei meu voto a maioria das vezes pra não ter que votar no “menor pior”. Acho isso um desaforo, e sempre fiquei pensando se tinha alguma coisa que eu poderia fazer pra melhorar.
Taí. Acho que essa pode ser uma boa maneira de começar. Pra essa campanha eu dou sim meu total apoio, e viro uma daquelas pessoas políticas chatas que vai tentar ficar te convencendo dessas idéias e princípios. Mas eu acho mesmo que não tem muito que convencer, a proposta fala por si só. E o que é bom, é bom sem precisar de propaganda, ou slogan, ou jingle.