Segundo dia de Eletronika

Tá, oficialmente foi o terceiro dia, mas foi o segundo que eu fui.

Mallu Magalhães:
Quando eu vejo uma menina daquela idade subir no palco e fazer um show como aquele eu me sinto meio mal, sensação de não ter feito nada nesses meus 22 anos, enquanto ela, com 16, dá um show. Um pouco envergonhada, o comportamento faz jus à idade, ao contrário do espetáculo. A música é folk, como uma bateria e guitarra fortes (que não se fizeram perceptíveis nas músicas do MySpace dela). Cheias de pa-pa-pa’s, na-na-na’s e ha-ha-ha’s, me pegou no meu ponto fraco 😉 E a menina já tem fã clube! Umas tietes sentadas na primeira fileira gritaram histericamente e usavam camisas com foto e nome da cantora, e foram correndo para o camarim para tentar falar com ela (sem sucesso, eu imagino). Na minha opinião, foi o melhor show da noite. Ah! quase me esqueço, com participação especial do Hélio (vocalista do Vanguart).

Hurtmold:
Cientistas malucos. É isso que eu penso quando vejo uma banda com uns 6 ou mais integrantes em que cada um toca 3 ou mais instrumentos (às vezes ao mesmo tempo) cada um aparentemente no seu tempo. Mas no final, é um som interessante e tem alguma sincronia. Não é muito meu tipo de música, mas houveram bons trechos. Foi a única banda que voltou depois do pedido de mais um da platéia. E eles ficaram impressionados (e felizes, imagino) ao ver que algumas pessoas sabiam nomes das músicas deles ao pedi-las. De acordo com o baterista, nem eles mesmos sabem os nomes direito 😛

Lucy and the Popsonics:
Apresentação surpresa (?). Uma rock star de calça brilante e um geek de camisa listrada que tocavam apenas guitarra e eram acompanhados de uma mixagem eletrônica (feita por eles, eu acredito). Um punk rock bem barulhento, com direito a participação especial do Jonh (Pato Fu) e uma cantora frenética pulando pelo palco.

Asobi Seksu:
O que é que os japoneses têm com coisas brilhantes hein? De vestido verde de lantejoulas e com luzinhas de natal piscando no suporte do microfone, Asobi deu um show. Algumas vezes em japonês (eu acho) outras em inglês, do lado de um baixista gigante e um guitarrista excelente. Ela tocou teclado e cantou durante o show, mas o mais legal foi quando ela fez o solo de bateria final. Fechou com chave de ouro.

inauguração

Então, será que eu consigo manter isso atualizado? Veremos…

Ontem eu fui no Eletronika no Palácio das Artes. Confesso que fui mais uma que foi somente pelo show da Fernanda Takai, mas como uma boa amante da música, fiquei para o show do Vanguart. Vamos por partes:

O show da Fernanda Takai foi ótimo. A voz dela é impressionantemente macia e calma, e eu não havia escutado o CD solo dela inteiro ainda. Achei espetacular. Tão espetacular que vou comprar o CD original mesmo (sim! esse CD não merece ser pirateado). Outra surpresa foi a participação da Maki Nomiya, que não era surpresa, até aquela mulher completamente colorida, com um pandeiro rosa de purpurinas na mão e luvas de couro aparecer no palco. Imagina o contraste dela com a Fernanda… hehe Apesar disso o show fez jus às expectativas. Ela comentou de gravar um CD juntas se houvesse tempo, e eu torço pra que haja! A parceria funcionou muito bem, pelo menos durante o show 🙂

Apesar das músicas animadas e dancinhas, a platéia decepcionou. Como bons mineiros quietos, ficaram todos sentados até a Fernanda pedir explicitamente que levantássem, as palmas iam e viam sutilmente e a voz foi quase um sussurro quando deveriam estar acompanhando a cantora. Enfim… males de fazer show em BH ainda mais com público mais ‘adulto’ (leia-se, chato). Eu não sei se foi falta de divulgação do evento ou falta de interesse das pessoas, mas nem o primeiro andar do teatro estava cheio. Quando o show da Takai terminou então, foi-se embora 80% das pessoas. Eu olhei para trás e pensei que com aquela quantidade de pessoas podíamos assistir ao show do Vanguart no palco com eles…

Felizmente, quando começaram a tocar, mais pessoas entraram. Não foi metade da quantidade que havia no primeiro show mas foram dez vezes mais… digamos, incentivadores. Todos de pé, alguns na beira do palco, dançando e cantando as músicas junto, gritando para os integrantes da banda. Isso sim era um show como eu esperava. Mesmo sem não conhecer uma música sequer, arrisquei alguns passos coringa acompanhando a batida da bateria. As músicas deles são realmente boas. Uma mistura de pop e rock com letras psicodélicas e variação de ritmos na mesma música. O vocalista, muito simpático, falou várias vezes o quanto estava feliz de estar lá e agradeceu nossa presença. Hoje fui conferir as músicas no mySpace deles e, de fato, são legais. =)